sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Noiva Poulain du moulain

Já fui rima da noite e poema da morte.
Já fizeram de mim a personificação da poesia.
Já recebi a febre do amor em meu forte.
E em toda minha vida, não encontrei o que queria.
Ainda não me tornei parisiense ou poetisa
E nenhum pintor fez de mim a Monalisa.
... Mas vate, enquanto me diminuía em aprendiz
por ti, eu morria no palocentrismo, por tentar ser feliz.

Paloma Araújo
27-11-2009


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Coeur bombardé

Il salut pour mon éternel amour,
Maintenant c´est il au-revoir por tout le jour.
... nôtre histoire de deux volcan,
maintenant c´est froid ocean.
Les malentendus son dissentiment
Pour que toi jamais ne revient
Et moi je ne vais pas pleurer
Parce que je vais t´oblier!

Paloma Araújo
27-11-2009

sábado, 21 de novembro de 2009


FUNERAL DAS ILUSÕES


A desgraça apaixonante da inspiração
Tuberculose do verbo amar em carnação
Está enterrada pelo veneno envolvente
Que verberou a fantasia demente.


Por que o coração haveria de latir,
Se não há cor na ação, órgão que faz sentir,
O brado desespero da união enlouquecida
Que sem espera deve estar esquecida.


O céu chora como minha caveira
Que no cavernoso peito da cegueira
Cercou-me na veneta da infâmia
Ilhando meu comportamento na comporta da infância.


Meu planeta para seu universo parece pouco.
Eu, senhorita repentina de seu mundo louco,
Amputo a cabeça para o umbigo
E lhe sirvo a oferenda do suicídio para dormir comigo.


O néctar de seu vulcão de neve
Amarga meu âmago de leve
Infecta minha vivacidade
Que falece ainda mais na mocidade.


Chopin instrumentaliza o luto,
Eu, marcho contra luta de seu insulto.
E o amorfo amor sepulto como uma coveira,
Pois está morto de eu chorar como carpideira.

PALOMA L. ARAÚJO
21/11/2009

terça-feira, 10 de novembro de 2009



INCONSISTÊNCIA DO SER

Quanto mais eu vivo,
Sei que menos tempo tenho para viver.
Pois meu único destino certo é morrer,
E o meu castigo repentino é tornar-me passivo.

Sempre que penso que tudo sei,
Descubro que nada sei do que pensei.
Pois até a ciência fria, velha, sempre correta,
Erra, com sua pesquisa que em nova exatidão acarreta!

O bem total do meu subjetivismo
É o maior mal dos que sofrem de objetivismo
E eu mortal em metamorfose
Passo por fases mentalmente dose’!

E em toda minha formação
Me perco em tanta atormentação.
E no transtorno dessa transformação,
Me deformo na forma da civilização.


PALOMA L. ARAÚJO
10/11/2009

segunda-feira, 9 de novembro de 2009




ESPELHO QUEBRADO

A escultura viva da beleza
Onde foi bem esculpida pela natureza,
Gostaria de viver como realeza,
Mas tudo que cuspia era demasiada tristeza.

Sedutora sem intenção
De muitos soldou o coração.
Sendo que o dela nunca bateu, não!
... Algo sem explicação.

Seus olhos sem brilhos
Seus cabelos louros sombrios
Sua pele gelada que dá frio,
Nos apaixonados causavam arrepios.

A Madame era, enfim, fatal.
Suas rimas da morte, eram portal
De mandamentos trevosos, fora do normal,
De uma singela sentinela Dama mortal


PALOMA L. ARAÚJO
09/11/2009

terça-feira, 13 de outubro de 2009




A POESIA E A SENSAÇÃO DA POETISA


Hoje é meu mais belo dia.
A causadora é a Poesia,
Que me fez sentir agonia, melancolia,
Desespero, por fim, alegria!

Obrigada por fazer de mim poetisa,
Pois meu ato de fazer poesia
Foi julgado por jurados
Que já sabem o que é ter poemas publicados.


Eu agonizava sem cessar,
Aqueles olhos experientes,
Os bardos expoentes,
Fizeram-me duvidar se eu sei a arte de rimar.


Sou a mais radiante aprendiz,
Pelos versos singelos que fiz
Que me trouxeram onde tanto quis
Por ter-te poesia, das palavras imperatriz.

Por PALOMA L. ARAÚJO
10/10/2009



Obrigada pela empatia.


AMADO MALDITO

Meu amado ‘maldito
Alvarez de Azevedo, bendito!
Meu poeta moribundo
Breve lhe encontrarei no submundo.


Sou ela! Sou ela! Quem te admira garboso,
Que devora seus mórbidos versos eternos
De perfeitas rimas, vinda do inferno
Que me inspira, alucina de modo prazeroso.


Remexa o túmulo para comigo aniversariar,
Pois com tua mesma idade meu mundo irá findar.
Seus vinte anos não vividos
Fazem dos meus vinte anos lívidos.


Contemplemos nossa data
De menos um ano vital a mim
E mais um ano imortal a ti.
E torna poemas teus que não são meus,
Homenagem fúnebre de meu decisivo Adeus!



Por PALOMA L. DE ARAUJO
12-09-09

BARISFERA BÁRBARA


Dama de negro, morgada da salvação,

tornaste a morada para minha admiração.

O destino de minha vida mortificadaem ti,

encontrou o destino certo para barbada.


A mortalha que hoje da barbaridade te cobre,

se assemelha a mordaça que oculta o cofre

de um gelado coração trancafiado,

ajudado por ti, inspirando o bardo.


Tu, barbitúrico de meu espírito cadavérico

doce voz vinda de um mundo feérico,

é tão bárbara, quanto o próprio nome Bárbara

de uma amizade barisfera com encanto isotérico.

por, PALOMA L. ARAÚJO

01/07/09

sábado, 25 de julho de 2009


TEMPO TEMPO TEMPO

Ao invés de morrer no tempo
Resolvi mudar meu pré-destino
Fugindo de quem fiquei junto tanto tempo
Para dar tempo ao tempo...eis meu hino.

Por que o tempo é tão curto para o amor
E tão longo para a dor?
... não lembro onde o tempero do amor se perdeu,
mas sei há muito tempo que a culpada não fui eu.

Minhas lágrimas de horror eram um temporal,
Que o tempo ainda não apagou.
Seu temperamento frio, infelizmente natural,
Deixou sem defesa meu amor que no templo congelou

Lamento tanto por tudo,
Mas temporariamente é tarde demais.
A ampulheta amputou sem escudo,
Meu coração que não faz tic tac mais.

Por PALOMA L.ARAÚJO
06/2009

SONETO DA VERDADE

Tu, que seria meu eterno companheiro,
não me olhe desse jeito, mude esta face de surpresa
pois tudo o que me trouxeste foi tristeza,
enquanto eu só queria seu amor por inteiro.

Se hoje é nosso dia derradeiro
é porque não escutaste a voz do conselho.
Não viste meu grito nos olhos do desespero
pedindo que fosses verdadeiro.

Vida, pensamento, agonia...onde mora a alegria?
A verdade que lhe direi é semelhante à crueldade que ganhei
Prepare-se para ver a escuridão durante o dia;

...Para finalizar lhe explicarei que se perdeste o altar
foi porque não soube me amar.
...Sinto lhe dizer, outro conquistou teu lugar.

por, Paloma Leite Araújo.

29-04-2009

SENTIMENTO QUE MORREU


Numa Tarde nevoenta
Uma amiga querida
Deu-me uma noticia
Que me deixou entristecida.

O Poeta de mim esqueceu...
...Quando em minha vida ele chegou,
Gentilmente me libertou,
Mas o amor por mim, do peito ele arrancou.

Quero esquecer os belos sonetos,
E pessoas que lembram o Cichetto.
Pois o que tenho em meu peito,
É a imagem de alguém que foi perfeito.

Agora é tarde ... não há o que salvar,
Não há como recuperar o que se perdeu,
Irei ao meu leito. Mas, para nunca mais acordar.
E estas palavras serão meu um último adeus.
Por PALOMA L ARAÚJO
25-01-09

quinta-feira, 9 de abril de 2009



DESATINO DA MADAME

A bela virgem santa
na vida se perdeu.
Tudo por uma sanha
de um amor que há tempos morreu.

Toda sua veemência
não passou de uma inocência
da sede de vingança
corrompeu toda sua elegância

Ela e a noite se tornarm amantes
e a situação de vez ficou desconcertante
...A Dama taciturna
tornou-se uma insana noturna.

A morte ela sentiu com ardor.
O mundo não conheceu sua verdade sua idade,
pois pelo mais puro e perdido amor
ela partiu para o descanso da eternidade.

por Paloma L. Araújo

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009




FONTE DO PRAZER.


Senhor, meu poeta
Desamarre a venda que me cega do amor,
Que a ti profeta
Lhe servirei todo meu calor.


Eu, escrava de um sentimento ingrato
Tenho necessidade de possuir-te o corpo suntuoso
Que há tempos meu olhar capturou intato,
Por sua beleza indomável e teu jeito formoso.

Seu rosto celestial, às vezes com certa expressão
...é um convite a te beijar
Por seu simples existir...sedutora tentação.

Confesso, que eu morria em minha velhice prematura,
Mas devolveste-me ilusões da mocidade
Onde nem é preciso gozar de felicidade nessa aventura.

por Paloma L. Araújo
04/01/2009.




TRISTE SAUDADE


A Saudade é um sentimento triste,
É uma palavra linda
Que não existe em todas as línguas.
É o soldado da passada alegria.

A Saudade é cheia de vontade
No dicionário está como suave recordação,
Mas a única Verdade
É que não é saudável ao coração.

Há uma planta chamada saudade,
Que no jardim da vida
Enche olhos de admiração.

Mas que na mais bela das ‘idade,
Murcha, fica extinta. E na ida
Deixa somente a desolação.


por, PALOMA L ARAUJO
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