terça-feira, 13 de outubro de 2009



AMADO MALDITO

Meu amado ‘maldito
Alvarez de Azevedo, bendito!
Meu poeta moribundo
Breve lhe encontrarei no submundo.


Sou ela! Sou ela! Quem te admira garboso,
Que devora seus mórbidos versos eternos
De perfeitas rimas, vinda do inferno
Que me inspira, alucina de modo prazeroso.


Remexa o túmulo para comigo aniversariar,
Pois com tua mesma idade meu mundo irá findar.
Seus vinte anos não vividos
Fazem dos meus vinte anos lívidos.


Contemplemos nossa data
De menos um ano vital a mim
E mais um ano imortal a ti.
E torna poemas teus que não são meus,
Homenagem fúnebre de meu decisivo Adeus!



Por PALOMA L. DE ARAUJO
12-09-09

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