domingo, 17 de julho de 2011
CABARET BLASÉ
As perdidas encontradas da sala azul,
Plumagem e Pária, tinham linguajar salival.
Incendiavam o frio imo do sul
por um demente encanto surreal.
Os olhos lustrosos e os ouvidos ensurdecidos
se poliam mutuamente e povoavam o marginalizado salão.
A fumaça de letra-menta dos 'desassumidos
intercalava com a mão e mente da solidão.
Com a oscilação de um Programador Rígido
a convenção luxuriosa era apenas um momento,
Pária vintage era apenas um momento.
A errante índole, a sagrada libido, a caluniosa liberdade,
a energia decaindo, a força subindo, e a verdade – blasé!
Manar, morrer... serenamente blasé.
Plumage não oscilou,
o veneno escorreu e ela decretou –“ Touchée!
Não vivo prazer clandestino clichê.”
PALOMA L. ARAÚJO
17-07-11
Assinar:
Postagens (Atom)