terça-feira, 10 de novembro de 2009



INCONSISTÊNCIA DO SER

Quanto mais eu vivo,
Sei que menos tempo tenho para viver.
Pois meu único destino certo é morrer,
E o meu castigo repentino é tornar-me passivo.

Sempre que penso que tudo sei,
Descubro que nada sei do que pensei.
Pois até a ciência fria, velha, sempre correta,
Erra, com sua pesquisa que em nova exatidão acarreta!

O bem total do meu subjetivismo
É o maior mal dos que sofrem de objetivismo
E eu mortal em metamorfose
Passo por fases mentalmente dose’!

E em toda minha formação
Me perco em tanta atormentação.
E no transtorno dessa transformação,
Me deformo na forma da civilização.


PALOMA L. ARAÚJO
10/11/2009

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