sábado, 22 de dezembro de 2012

AVEZO




A esmo na madrugada,

acendo um incenso...

admiro a fumaça ugada

em seu fio de naja contra-senso.



A deriva na alvorada

Aceno à minha abstinência

e no computador processo cada

verso que me escapa da obediência.



Ainda à merce do amanhecer

acento cada verso que me foi escrito.

Eu antiga musa, não sei esquecer

cada instante com seu espirito.



O dia clareia, ouço Bang Bang,

trago Roberto Piva, Casimiro de Abreu...

E concluo: Saudades da aurora do yang

na minha vida que no avezo morreu.



Paloma L. Araújo.

29-05-12

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