domingo, 17 de julho de 2011
CABARET BLASÉ
As perdidas encontradas da sala azul,
Plumagem e Pária, tinham linguajar salival.
Incendiavam o frio imo do sul
por um demente encanto surreal.
Os olhos lustrosos e os ouvidos ensurdecidos
se poliam mutuamente e povoavam o marginalizado salão.
A fumaça de letra-menta dos 'desassumidos
intercalava com a mão e mente da solidão.
Com a oscilação de um Programador Rígido
a convenção luxuriosa era apenas um momento,
Pária vintage era apenas um momento.
A errante índole, a sagrada libido, a caluniosa liberdade,
a energia decaindo, a força subindo, e a verdade – blasé!
Manar, morrer... serenamente blasé.
Plumage não oscilou,
o veneno escorreu e ela decretou –“ Touchée!
Não vivo prazer clandestino clichê.”
PALOMA L. ARAÚJO
17-07-11
sábado, 1 de janeiro de 2011

O ÚLTIMO AFRANCESADO.
Franciel olha sobre o céu de quase Paris,
os fogos do réveillon explodir...
Ah! São Paulo, quase tão parisiense
quanto Franciel quis.
Mas como seu chão não é sobre a França,
nem seu céu sob Paris,
Franciel fica a fantasiar de como seria tal país...
Ela lá, ele aqui.
Que grande aliança,
Franciel e França – assim como amour e ami
fascinação pela formosura de seu U e de seu I
Agora, depois de Marrie,
Franciel é chamado de François,
e ainda que não seja francês,
seu galicismo engoliu seu guarani.
Paloma L. Araújo.
01-01-11
Franciel olha sobre o céu de quase Paris,
os fogos do réveillon explodir...
Ah! São Paulo, quase tão parisiense
quanto Franciel quis.
Mas como seu chão não é sobre a França,
nem seu céu sob Paris,
Franciel fica a fantasiar de como seria tal país...
Ela lá, ele aqui.
Que grande aliança,
Franciel e França – assim como amour e ami
fascinação pela formosura de seu U e de seu I
Agora, depois de Marrie,
Franciel é chamado de François,
e ainda que não seja francês,
seu galicismo engoliu seu guarani.
Paloma L. Araújo.
01-01-11

PARISIENSE
Nesta manhã, acordei e Paris sorriu para mim,
povou minha mente com a valsa de Amelie,
E se disse a espera de alguém assim;
amante de suas ruas, mademoiselle jolie.
Mas como chegar a pátria de meu sonho
se ainda vejo o céu do outro lado do oceano?
Como alcançar a cidade luz, se ainda ponho
boina sobre sua prima São Paulo, neste ano?
Enfeitiçada Paris... vinho, crepê, acordeon,
can can, jardin 'hiver, democracia e som...
Quero olhar teus grandes narizes pálidos
e conquistar o olhar snobe de teus afilhados.
Amada minha, mostre-me seu bico, abra-me seus braços,
aceite-me em todos os seus Arcos,
cafés e espaços, pois mais que afrancesada
sou a amante que, em ti, busca ser naturalizada.
PALOMA L. ARAÚJO.
01-01-11.
Nesta manhã, acordei e Paris sorriu para mim,
povou minha mente com a valsa de Amelie,
E se disse a espera de alguém assim;
amante de suas ruas, mademoiselle jolie.
Mas como chegar a pátria de meu sonho
se ainda vejo o céu do outro lado do oceano?
Como alcançar a cidade luz, se ainda ponho
boina sobre sua prima São Paulo, neste ano?
Enfeitiçada Paris... vinho, crepê, acordeon,
can can, jardin 'hiver, democracia e som...
Quero olhar teus grandes narizes pálidos
e conquistar o olhar snobe de teus afilhados.
Amada minha, mostre-me seu bico, abra-me seus braços,
aceite-me em todos os seus Arcos,
cafés e espaços, pois mais que afrancesada
sou a amante que, em ti, busca ser naturalizada.
PALOMA L. ARAÚJO.
01-01-11.
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