JARDIM DESENCANTADO
Amor que hoje por mim dorme sem norte,
Amor que anda por outros jardins,
Se outros encantos procura sem sorte
É porque abandonaste a flor maldita de seu jardim.
Neste campo que minhas pétalas enfeitaram a vida
Hoje enfeitam a morte com flores sintéticas,
Que já nem sei a quanto tempo estão falecidas,
Nem como pode o amor ter lei e não ter ética.
O pólen de sua antiga contemplação
Ainda faz desabrochar em meu peito brotos da paixão.
Mas a falta de cuidados com meu lado violeta e lado jasmim,
Desfolha os sólidos troncos que tenho dentro de mim.
Me guardo em pequenos frascos
Para suportar este Outono em desertas ruelas,
E suportar tua ausência que me poda em pedaços,
Por não ser mais tua rara rosa bela.
Jardineiro venha se embriagar em meu néctar e trazer florescência
Para que neste campo petrificado o amor tenha sobrevivência,
Pois ainda que minha fragrância esteja mais para cereja,
Por ti eu me transformaria no vicioso lúpulo da cerveja.
Por, PALOMA L. DE ARAÚJO
14/02/2010
Amor que hoje por mim dorme sem norte,
Amor que anda por outros jardins,
Se outros encantos procura sem sorte
É porque abandonaste a flor maldita de seu jardim.
Neste campo que minhas pétalas enfeitaram a vida
Hoje enfeitam a morte com flores sintéticas,
Que já nem sei a quanto tempo estão falecidas,
Nem como pode o amor ter lei e não ter ética.
O pólen de sua antiga contemplação
Ainda faz desabrochar em meu peito brotos da paixão.
Mas a falta de cuidados com meu lado violeta e lado jasmim,
Desfolha os sólidos troncos que tenho dentro de mim.
Me guardo em pequenos frascos
Para suportar este Outono em desertas ruelas,
E suportar tua ausência que me poda em pedaços,
Por não ser mais tua rara rosa bela.
Jardineiro venha se embriagar em meu néctar e trazer florescência
Para que neste campo petrificado o amor tenha sobrevivência,
Pois ainda que minha fragrância esteja mais para cereja,
Por ti eu me transformaria no vicioso lúpulo da cerveja.
Por, PALOMA L. DE ARAÚJO
14/02/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário